terça-feira, 26 de setembro de 2017

na pausa de uma Saudade




                                                                                        Jaroslav Monchak


jaz há muito calado o murmúrio do vento.

abro em vão as janelas da memória, perdidamente, busco no olfato os resquícios dos aromas que te lembram, calo-me, atenta, aos gemidos do velho sobrado da casa... e nada.

tudo sorvido pelo Tempo, pelas inutilidades da Vida que deixam em nós estes vazios, pilares de recordações, de momentos essenciais de cada novo dia, de cada novo sorriso com que me amanhecias.

e como eram curtos os dias, como eram brincalhões os minutos, fugidios os segundos.

neblina sofrida, tu
como nada é




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